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sexta-feira, 9 de março de 2012

Grito do seu povo


Na minha terra a guerra habitara
Pelos rios sangue escorrera
Pelas ruas só o silêncio se espalhara
Estara de luto a minha terra


Entraram os mathangas na aldeia
E friamente vareram toda gente que da fome escapara
Teria tombado o preto na testa da desgraça


Sem esperânça de sobrevivêcia,
Nem onde coubesse toda a sua desgraça
Afogara-se em suas próprias lágrimas sangrentas
E remexendo escombros procurava algo que lhe  roubasse a solidão,
Pois ninguém mais sobrou


Caminhara o sbrevivente procurando um canto para dormir
Mas só ha corpos pelo chão,
Todo desfiado procura ouvir um simples cocorocôôôôô
Mas nem as galinhas deixaram escapar os satanhocas

 Continuara caminhando pela estrada morta
Onde nem um gafanhoto se fizera passar,
O cansaço vencera a sua esperânça
E de baixo de um imbondeiro pôs-se a dormir


Ao  raiar do sol faminto e uma aurora preguiçosa
Abriu os olhos e viu timbila que tocava e trazia o grito do seu povo.











¹matsangas: desiganção pela qual são conhecidos os bandidos armados; ² satanhoca: covarde, insaguinário; ³ timbila: plural de mbila, instrumeno musical feito de

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Tambores mudos


Conte mãe
Histórias de alegrar
Noites de luar ao som dos tambores
Levantando novos amores

Não embrulhe o sofrimento
Conte a sua história mãe
Sua joventude alegre  em volta da fogueira
Excitando catigas de amor
Conte, conte
 Não deixe idade vencida,
Pele torcida
Noites sem cantigas e tambores mudos
Contem mãe o seu fim na roda do tempo.


Inacio Nhancale

Estou so


Olho em minha volta e nada vejo
Silêncio, ausência, vazio…
Nada há ao meu redor

Olho p'ra minha volta e nem minha sombra vejo
…Ao menos fosse vadio…
Mas tristemente nem mereço o chão que piso
A chuva que cai, até o sol que queima eu mereço

O mundo se foi de mim
Quem me dera  estivesse cá a ausência!
Pois nunca cá esteve alguém,
Estou só sem nada, sem ninguém e sem mim. 



Inacio Nhancale